Cães ajudam no tratamento de crianças

Aumentar a autoestima e a capacidade de recuperação; reduzir a solidão e a ansiedade; desenvolver novos aprendizados; e melhorar o déficit de atenção, a memória, a hiperatividade, o raciocínio e a concentração estão entre os benefícios da terapia com pets.

Desde 2015, pequenos pacientes do Centro Pediátrico da Lagoa, no Rio de Janeiro, vêm experimentando de perto essa convivência mais estreita. Toda sexta-feira, o programa Pet Terapia leva bichinhos do projeto Pêlo Próximo ao hospital, com o objetivo de promover uma interação com as as crianças em tratamento. O contato com os cães tem resultados positivos.

— Meu filho ficou no hospital uma semana. Ele nem sorria mais. Começou a ficar deprimido e sem apetite. Quando soube que participaria do tratamento com os cães, almoçou, sorriu e ficou ansioso para passar o dia com os animais. Esse projeto é maravilhoso e os cães são muito dóceis — diz a operadora de caixa Carolina Mello Fernandes, mãe João Vitor, de 5 anos.

O pequeno já considera Juca (um dos dois cães da raça golden retriever que participam do tratamento) o seu melhor amigo.

— Fiquei feliz com a surpresa. O Juca é muito legal. Agora é meu parceiro — garante o pequeno, que está na unidade para tratar uma adenite cervical.

A psicóloga Nathalia Jereissati, coordenadora do Centro de Apoio Familiar (CAF) do Prontobaby, do Grupo Prontobaby, destaca que a presença do animal no ambiente tem a finalidade de transformar a atividade lúdica em participação ativa no tratamento.

— Nessa terapia especificamente existe uma “troca” de lugar. As crianças passam de pacientes para assumir a posição daqueles que cuidam. Trabalhamos com materiais que podem trazer algum receio, tais como ataduras, seringas, que passam então a serem inseridos na atividade para simular o cuidado que eles precisam ter com o cão. Dessa forma, dando a eles a oportunidade de se colocarem no lugar do outro, observamos que as crianças passam a aceitar melhor os procedimentos e os exames, e diminuem o estresse da hospitalização — explica.

Roberta Araújo, coordenadora e idealizadora do Pêlo Próximo, conta que para participar das atividades os animais devem estar vacinados e vermifugados, prevenindo a transmissão de doenças. Além disso, precisam ter um comportamento dócil e reconhecida afeição por pessoas. Atualmente, o programa de Pet Terapia do Prontobaby conta com seis voluntários, acompanhados por três pets.

Fonte: O Globo

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