Governo do RS discutirá proibição das corridas de galgos – Assine a petição para a proibição

A proibição das corridas de galgos no Rio Grande do Sul será tema de uma reunião com o governador Eduardo Leite e a secretária do Trabalho e Assistência Social, Regina Becker, que é atuante na causa animal e anunciou esta semana o agendamento do encontro que ocorrerá em fevereiro, com data a ser confirmada.

“Regina convidou o Movimento Galgo Livre BR, Núcleo Bageense de Proteção Animal (NBPA) e o Galgo Libre Uruguay. Estamos há anos lutando para acabar com essas corridas”, informa Galgo Livre BR. O movimento lembra que há alguns anos fez um apelo aos deputados federais pela proibição das corridas de cães em todo o país, o que deu origem ao Projeto de Lei (PL) 1441/2019, de autoria do deputado Ricardo Izar.

“A petição a favor do projeto de lei está crescendo com o número de vozes pelos galgos no Brasil e no exterior”, informa o Galgo Livre BR e acrescenta que o trabalho inclui expor e denunciar atividades que envolvam algum tipo de exploração de galgos.

Clique aqui para assinar a petição que defende a proibição da corrida de galgos.

Ações do Movimento Galgo Livre BR

“Também monitoramos as cidades onde existem corridas de galgos e atividades paralelas a isso, como venda de filhotes e animais adultos, abandono de galgos, falsa proteção com intuito de lucrar com a imagem dos galgos, etc”, explica o movimento.

“Essas últimas ações, e outras que por hora estão sob sigilo, fazem parte das diretrizes adotadas pelo Movimento Galgo Livre BR para combater as corridas com a participação das comunidades afetadas ao conhecerem o lado obscuro do que de chamam “esporte familiar”, mas não passa de mais uma modalidade de crueldade contra os animais.”

A denúncia de que galgos são usados para corridas e se tornam vítimas de maus-tratos e abandono foi feita pelo Fantástico no dia 17 de janeiro e chocou o Brasil.

Os repórteres Raphael Sibilla, Giovani Grizotti e Glaucius Oliveira denunciam e mostram os bastidores de uma prática cruel: as corridas de cachorros.

Os galgos – raça utilizada nas corridas – são cachorros caçadores, que podem correr mais rápido que um tigre – chegam a 72 km/h. Por conta dessa habilidade, muitos deles são alvo de apostadores, que chegam a aplicar drogas nos bichos para aumentar as performances em competições. Muitos cães acabam feridos e abandonados, além de sofrerem todo tipo de crueldade nas mãos dos apostadores – o que configura maus tratos com animais.

Brigas, abusos, maus tratos: tudo em nome da ganância. Proibidas na Argentina e no Uruguai, as corridas agora acontecem no sul do Brasil – e com uso de dinheiro público. Cidades como Bagé, Santana do Livramento, Guaraí e Acegua, na fronteira com o Uruguai, passaram a ser palco para as corridas. O repórter Giovani Grizotti esteve em uma delas e registrou tudo.

As denúncias de maus-tratos fizeram com que o Ministério Público passasse a investigar as corridas no estado.

O presidente da Associação de Galgueiros não quis gravar entrevista. Mas, em uma rede social, disse que a associação abomina a prática de maus-tratos e que é a favor de punições pra quem fizer cometer essa atitude. Diz que fazer os galgos correrem não configura maus-tratos, e que as apostas é que viabilizam a criação dos animais.

Em nota, a prefeitura de Bagé diz que a pista de corrida de galgos foi construída em 2012 com recursos do governo federal por meio de emenda parlamentar e que não vê irregularidades na realização de corridas.

No Brasil e na Argentina, ONGs trabalham no resgate e na adoção dos galgos que sobreviveram à crueldade dos apostadores.

Maus tratos é crime! Proibição e punição já!

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